Em entrevista à jornalista Maria Fortuna, no videocast Conversa vai, conversa vem — disponível no YouTube, redes sociais do Globo e Spotify —, Angélica abriu o jogo sobre a exposição do namoro do filho Benício Huck e como a família lidou com a repercussão. A apresentadora revelou que, muito antes de a situação se tornar pública, eles já enfrentavam o assunto em casa de maneira silenciosa e cuidadosa.
O namoro de Benício ganhou holofotes após o término com a influenciadora Duda Guerra, anunciado em maio, quando o casal se envolveu em uma troca de acusações que movimentou as redes sociais.
Segundo Angélica, a exposição não foi novidade dentro de casa.
“A gente já conversava sobre todos esses assuntos, já que estavam ficando mais expostos. Quando aconteceu, em algum lugar teve um: ‘falei que isso ia acontecer’. É horrível quando mãe fala isso, mas a gente fala. Porque acontece mesmo.”
Ela afirmou que, ao contrário do público, a família já estava emocionalmente organizada.

“A opinião pública ficou mais nervosa do que a gente dentro de casa. Tudo estava sendo conversado. Estávamos vivendo essa situação há quase um ano.”
Para Angélica, o mais importante sempre foi manter os filhos seguros e acolhidos.
Mãe de três — Joaquim, Benício e Eva —, Angélica contou que trabalha constantemente questões de machismo estrutural dentro de casa.
“Tem todo um mundo machista empurrando eles. É histórico. É uma briga diária. A Eva me ajuda a educar os meninos. Falo: ‘não fala assim com ela’. Eles: ‘E essa saia curta?’. E eu digo: deixa ela usar a saia curta!”
Ela afirmou que faz questão de orientar os filhos sobre respeito dentro das relações afetivas.
“Com namorada também. Falo: ‘dá flor, liga’. Fico do lado da namorada se tiver alguma coisa que não acho legal.”
Já com Eva, a filha caçula, o diálogo é constante.

“Converso tudo com ela dentro da idade. Nas redes sociais, ela acaba vendo coisas que nem deveria. Ela fala mais comigo; os meninos, mais com o pai.”
Angélica admitiu preocupação com a fase que os filhos estão vivendo.
“Confesso que estou muito assustada com a adolescência nesse mundo hoje. É tudo muito novo, não tem manual.”
Mesmo assim, garante que mantém uma postura equilibrada:
“Fico atenta, mas não me meto na vida deles. Eles namoram quem quiserem. São livres. Voltou pra casa, a gente vai acolher.”
A apresentadora lembrou que, desde pequenos, os filhos aprenderam a lidar com a pressão da mídia.
“A gente sempre protegeu muito. Mostrava fotos quando eram bebês e depois sumia. Nunca apavoramos: ‘ah, um paparazzi!’. Era parte da vida.”
Agora, adultos e ganhando autonomia, os filhos começam a trilhar seus próprios caminhos — inclusive quando o assunto é aparecer ou não nas redes.
“Se quiserem aparecer, vão. Vamos ter que respeitar isso. Cada um criando sua história.”
Durante a entrevista, Angélica comentou sobre a briga pública entre meninas envolvendo seu filho e como isso reflete padrões sociais nocivos.
“O patriarcado usa a rivalidade feminina como ferramenta. É horrível. Tudo eu uso de exemplo para a minha filha.”
Ela diz que o episódio a impactou profundamente:
“Mostrei para Eva: ‘Olha só, isso é o que não pode acontecer com você. Como é ruim para a mulher estar nesse lugar’. Isso foi o que mais mexeu comigo.”

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