Domingo, 16 de março de 2025, 03:46
POLICIA FEDERAL

PF deflagra operação contra fraudes em licitações em Teresina e Timon

O grupo investigado movimentou de maneira suspeita, aproximadamente R$12 milhões.

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou na manhã de hoje (19), a Operação Dolo Malo, com o objetivo de combater crimes relacionados a licitação realizada pelo município de Timon/MA, que resultou na assinatura de contrato no valor de R$ 9.182.130,66 oriundos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF.

  

Operação Dolo Malo Foto: Divulgação/PF
   

Conduzida pela Delegacia de Polícia Federal, a investigação na cidade de Caxias, levou à identificação de grupo criminoso que prejudicou o caráter competitivo de processo licitatório e o direcionou para favorecer a empresa vencedora.

Segundo as investigações, após a assinatura do contrato que tinha por objeto a construção de obras de saneamento básico na cidade de Timon, foram pagos valores, em forma de propina, a servidores desse município, por meio de depósitos em contas de empresas de fachada e de familiares ligados aos servidores.

O grupo, composto por empresários, servidores e parentes dos investigados, movimentou de maneira suspeita, aproximadamente R$12 milhões, entre os meses de abril de 2022 e agosto de 2024. As movimentações consistiam em transferências entre as pessoas físicas e jurídicas e tinha como destinatário final ocupantes de cargos de gestão da prefeitura de Timon.

Durante esta operação estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Timon, além disso foram apreendidos sete veículos e R$ 93.700,00 em espécie.

  

Operação Dolo Malo Foto: Divulgação/PF 
  

A operação contou com a participação de 40 policiais federais dos estados do Piauí e Maranhão, além de servidores da CGU.

São apurados crimes de associação criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva e frustração do caráter competitivo da licitação, cujas penas máximas somadas chegam a 47 anos de reclusão.

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