Caso Itallo Bruno: Fantástico repercute prisão de influencer no Piauí e revela novos detalhes

Reportagem mostra que Ministério Público do Piauí foi contra a prisão do influencer; veja os principais pontos

Na última quinta-feira, dia 11, a Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), prendeu o influenciador digital Itallo Bruno em um condomínio de luxo em Teresina. A ação, em conjunto com a Secretaria Pública do Piauí, resultou na prisão de familiares e amigos do influenciador, incluindo sua mãe.

  

Itallo Bruno Foto: reprodução

   

Itallo, ex-motoboy, realizava rifas com prêmios valiosos, como motos, carros e até mesmo casas. Na residência de Itallo, foram apreendidos carros e motos de luxo. Em entrevista à imprensa, o delegado Humberto Macola, titular da DRCI, afirmou que as rifas eram ilegais: "As rifas não seguem o critério legal, não obedecem aos padrões que permitem a auditoria e a certeza de que estão ocorrendo" disse o delegado.


  

Delegado Humberto Mácola, DPC Foto: reprodução

   

Segundo informações da Polícia Civil, em apenas seis meses, o influenciador movimentou 5 milhões de reais, adquirindo uma casa no valor de 1 milhão de reais, pagando em R$ 400 mil em dinheiro vivo e realizar duas transações em Pix de R$ 300 mil cada.

O caso do influencer ganhou repercussão nacional e foi destaque no programa Fantástico da Globo. Na matéria, o repórter Paulo Renato Soares disse que João Alberto afirmou que Itallo lhe ofereceu apenas uma moto e uma quantia em dinheiro, João foi premiado em uma das rifas de Itallo que premiaria o ganhador com 6 motos. João Alberto foi às redes sociais desmentir a versão do programa, afirmando que partes em que ele fala a veracidade dos fatos foram cortadas.


  

João Alberto critica matéria do Fantastico Foto: reprodução

   

"Vieram atrás de mim para me entrevistar. Falei sobre como ganhei e tive essa grande sorte de receber essas motos. No dia, negociei com ele (Itallo) querendo apenas uma moto e o restante em dinheiro. Ele honrou e cumpriu o prometido. Só tenho a agradecer a ele, que mudou minha vida", disse João Alberto.


  

Delegado Alisson Macêdo Foto: reprodução

   

Alisson Macedo, delegado adjunto da DRCI, afirmou que parte do dinheiro arrecadado por Itallo iria para membros de uma facção: "Conseguimos afirmar que algumas transações foram destinadas a membros de facção criminosa" disse. Parte do dinheiro seria destinada a Ponpon, também conhecido como Paulo Henrique de Moura, um dos chefes da facção. A polícia divulgou a troca de mensagens entre Itallo e Ponpon.


  

Possível membro de facção Foto: reprodução

   

No conteúdo divulgado pela polícia, Itallo afirmou ter providenciado um celular para Ponpon por 9 mil reais. Em outra conversa, Itallo, denominado como "menino do progresso", instrui uma pessoa identificada como "carniça" a transferir 30 mil reais para uma conta. Alisson Macedo afirma que isso é uma tentativa de ocultar a verdadeira pessoa que receberia o dinheiro.


  

Troca de mensagens 1 Foto: reprodução

   

  

Troca de mensagens 2 Foto: reprodução

   

Itallo Bruno responde por lavagem de dinheiro, jogos de azar e organização criminosa, podendo ser condenado a até 18 anos de prisão. O Ministério Público do Piauí foi contra a prisão de Itallo, alegando a falta de comprovação de sua participação em organização criminosa. A Polícia Civil afirma que continuará com as investigações.


  

Ministério Público do Piauí Foto: reprodução