Mãe acusada de matar filha de 3 anos por espancamento se entrega à polícia em Teresina

A mulher, já indiciada anteriormente por tortura, foi presa pela segunda vez.

A mãe identificada pelas iniciais M.K.N.DE O., acusada de matar a própria filha Ana Kerolaynne Gomes Nunes, de 3 anos, por espancamento no município de Esperantina, se apresentou à polícia acompanhada do advogado nesta quinta-feira (04/07), em Teresina. A mulher, já indiciada anteriormente por tortura, foi presa pela segunda vez.

  

Mãe desnaturada. Foto: Reprodução.
   

Segundo informações do delegado Emir Maia, coordenador do Departamento de Capturas e Polinter (DECAP), M.K.N.DE O. foi presa inicialmente no dia 22 de abril, mas foi liberada dias depois. Agora, sua prisão preventiva foi novamente decretada e ela deverá passar por uma audiência de custódia ainda nesta quinta-feira.

"Ela estava presa, foi posta em liberdade, mas novamente a justiça decretou sua prisão preventiva. Ela nos foi apresentada e está sendo encaminhada para audiência de custódia", informou o delegado.

Conforme o advogado Brandom Steffano, responsável pela defesa da mãe, ela não teria participação na morte da filha. De acordo com a defesa, no dia do crime, a mulher estaria trabalhando e o padrasto teria ficado na residência cuidando de Ana Kerolaynne.

M.K.N.DE O. e F.S.R., respectivamente mãe e padrasto da criança, foram indiciados pela morte por espancamento ocorrida no dia 22 de abril, em Esperantina. O casal é acusado de torturar a vítima, que teve morte encefálica confirmada pelo Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Segundo a delegada Polyana Oliveira, titular da DEAMGV-Esperantina, o inquérito sobre o caso foi concluído e as investigações revelaram que a criança, desde o início de 2024, foi submetida a constantes episódios de tortura.

“Além disso, ficou comprovado que no dia 14 de abril de 2024, M.K.N.DE O. e F.S.R., de forma cruel promoveram a morte da vítima, mediante o recurso da tortura”, relatou a delegada.

A mãe de Ana Kerolaynne será submetida a uma audiência de custódia, onde serão discutidas as circunstâncias de sua prisão preventiva. A investigação da Polícia Civil de Esperantina trouxe à tona detalhes chocantes sobre os maus-tratos contínuos que a criança sofreu até a sua morte. As autoridades esperam que a justiça seja feita para garantir que os responsáveis pelo trágico fim de Ana Kerolaynne sejam devidamente punidos.