Colégio CEV limita comunicação a duas emissoras após tragédia com Alice Brasil

Alice Brasil Souza da Paz, de apenas 4 anos, morreu após uma penteadeira tombar sobre ela enquanto brincava na brinquedoteca.

Há sete dias, uma tragédia abalou Teresina e a rotina do Colégio CEV, escola de alto padrão localizada na zona Leste. Alice Brasil Souza da Paz, de apenas 4 anos, morreu após uma penteadeira tombar sobre ela enquanto brincava na brinquedoteca da instituição, um dia após comemorar seu aniversário.

O acidente, ocorrido no dia 5 de agosto, gerou comoção e uma série de questionamentos sobre a segurança da escola e a transparência da direção na apuração dos fatos.

Segundo a mãe da criança, a fotógrafa Dayana Brasil, a família só tomou conhecimento do ocorrido por meio de terceiros. A comunicação oficial da escola só veio em forma de uma mensagem de texto enviada pelo presidente da instituição, Rafael Lima, lamentando o episódio.

Apenas um dia após o acidente, os pais de Alice convocaram uma coletiva de imprensa para denunciar o silêncio da escola e cobrar explicações. Dayana Brasil afirmou que a família não recebeu informações claras e que a comunicação da instituição foi falha e tardia.

Em nota oficial, o Colégio CEV confirmou que prestou apoio à ocorrência e anunciou a suspensão das aulas, que durou até o dia 11 de agosto. No retorno das atividades, a mãe de Alice esteve em frente à escola, pedindo justiça e deixando claro que a família jamais retornará à instituição.

Durante os sete dias que sucederam a tragédia, a escola manteve silêncio sobre detalhes do acidente. Apenas na véspera do retorno às aulas, a direção convidou duas emissoras de televisão para um pronunciamento. No encontro, Rafael Lima afirmou querer um diálogo privado com os pais para pedir perdão.

A postura restrita da escola suscitou dúvidas e críticas. A reportagem procurou a assessoria do Colégio CEV, que informou que não serão concedidas novas entrevistas.

Enquanto isso, a investigação da Polícia Civil do Piauí segue em curso, com prazo previsto para conclusão em 30 dias. O Ministério Público também acompanha o caso, avaliando protocolos de segurança e eventuais responsabilidades.