Na tarde desta segunda-feira (10), familiares e amigos de Marly Ribeiro da Silva e Kassandra de Sousa Oliveira realizaram um protesto na BR-316, no bairro Santo Antônio, zona sul de Teresina. O ato ocorreu no local onde as duas mulheres foram atropeladas e mortas em outubro de 2024 e teve como objetivo manifestar indignação contra a decisão judicial que reclassificou o crime de homicídio doloso para culposo.

A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, decidiu na última quinta-feira (6) que não há indícios suficientes de que Stanlley Gabriell e Pedro Lopes, conhecido como Lokinho, assumiram o risco ao provocar o acidente. A mudança na tipificação do crime reduz significativamente a pena prevista, o que gerou revolta entre os manifestantes.
Além disso, os participantes do protesto criticaram o pedido de habeas corpus para Stanlley Gabriell, que está preso há cinco meses. Segundo a acusação, ele dirigia uma caminhonete Rampage Laramie sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e acima da velocidade permitida no momento do atropelamento. Já Lokinho, que estava no veículo, responde ao caso em liberdade com medidas cautelares.
Relembre o caso
No dia 6 de outubro de 2024, duas mulheres foram atingidas pelo veículo na BR-316, próximo à Penitenciária Profº José Ribamar Leite. Duas crianças que estavam com elas também ficaram feridas. Após o atropelamento, Stanlley e Lokinho tentaram prestar socorro, mas acabaram sendo alvo de uma tentativa de linchamento. Durante o tumulto, um homem foi morto a tiros.
Os familiares das vítimas cobram justiça e afirmam que não vão aceitar a reclassificação do crime, temendo que os responsáveis não sejam devidamente punidos.