Padre é investigado por receber R$ 4,9 mil sem trabalhar em escola do Piauí

Líder religioso é lotado em escola de Luzilândia, mas mora e atua em Esperantina.

O padre Ronaldo Souza, pároco da Igreja de São Benedito, em Esperantina, no Norte do Piauí, é acusado de receber salário como professor da rede estadual sem cumprir a carga horária prevista. Ele é servidor efetivo da Unidade Escolar João de Assis Marques, localizada em Luzilândia, cidade distante cerca de 61 quilômetros de onde o religioso reside e trabalha atualmente.

O padre possui lotação de 40 horas-aula e recebe um salário de R$ 4.984,17. No entanto, ele não estaria comparecendo à escola para exercer suas funções docentes. A denúncia aponta que, mesmo ausente do trabalho, o padre continua recebendo integralmente sua remuneração mensal.

  

Padre teria recebido R$ 4,9 mil sem dar expediente em escola estadual. Reprodução/ Internet
  

O trajeto entre as duas cidades exige aproximadamente duas horas diárias de deslocamento, além das oito horas de expediente previstas em sua jornada de trabalho. Segundo as informações, o sacerdote poderia ter solicitado licença sem vencimento ou transferência para Esperantina, onde atua como líder religioso, mas não há registro de pedido formal nesse sentido.

Antes de assumir a paróquia de São Benedito, Ronaldo Souza era responsável pela Paróquia de Santa Luzia, em Luzilândia. O caso deve ser encaminhado à Secretaria de Educação do Piauí e ao Ministério Público Estadual para apuração de possível descumprimento de deveres funcionais.