O Piauí atravessa uma das piores estiagens da última década, com um déficit de 50% no volume de chuvas em relação à média histórica. Esse cenário tem provocado o fenômeno conhecido como "seca verde", que já afeta 129 municípios piauienses, comprometendo seriamente a produção agrícola local.
O que é a "seca verde"?
A "seca verde" ocorre quando, apesar da vegetação aparentar estar verde, o solo apresenta um déficit hídrico significativo. Essa condição impede o desenvolvimento adequado das lavouras, resultando em perdas nas safras de culturas como milho, feijão e mandioca. Produtores rurais relatam que, mesmo com a aparência saudável das plantas, a produtividade está abaixo do esperado.
Impactos na agricultura
A irregularidade das chuvas tem afetado diretamente a agricultura familiar, especialmente nas regiões semiáridas do estado. A falta de umidade no solo compromete o crescimento das plantações, levando a perdas significativas nas safras e afetando a segurança alimentar das comunidades locais. Em Geminiano, por exemplo, as perdas nas lavouras de milho e feijão chegam a uma média de 80%, refletindo diretamente na economia de uma cidade que tem na agricultura uma de suas principais bases de sustento.
Medidas emergenciais
Diante da situação, autoridades estaduais estão mobilizadas para enfrentar os efeitos da seca. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh) tem monitorado o fenômeno e busca implementar ações para mitigar os impactos na agricultura e no abastecimento de água. Além disso, há esforços para fornecer apoio técnico e recursos aos agricultores afetados.
A Semarh também planeja expandir a rede de monitoramento pluviométrico para mais municípios, visando uma cobertura mais abrangente e precisa do monitoramento hídrico estadual.
