O Ministério Público do Maranhão, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), abriu investigação contra o Grupo Caninana, suspeito de fraudes fiscais, comerciais e trabalhistas que movimentariam milhões de reais.
O conglomerado possui mais de 26 empresas nos estados do Maranhão e Pará, com atuação também no Piauí em setores como comércio de pneus, motocicletas, construção civil e atacado.
De acordo com as apurações, parte das empresas funcionaria como fachada para atividades ilegais, incluindo contrabando, importações irregulares e comercialização de produtos sem nota fiscal. Cerca de 500 trabalhadores estariam empregados em situação irregular, sem registro formal ou acesso a direitos trabalhistas.
O inquérito também identificou a utilização de “laranjas” para ocultar movimentações financeiras. Um operador de máquinas, por exemplo, teria registrado movimentação de mais de R$ 8 milhões em sua conta, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro.
O Ministério Público solicitou o encaminhamento do caso à Justiça Federal, que deverá avaliar as próximas medidas judiciais e possíveis responsabilizações contra os envolvidos.