IBGE aponta informalidade recorde e queda de empregos rurais no Piauí

Dados do IBGE mostram informalidade de 87,5% entre autônomos e queda expressiva no setor agropecuário.

Dados da PNAD Contínua de 2024 mostram que 87,5% dos trabalhadores autônomos do Piauí atuam sem registro formal. Dos 382 mil piauienses que trabalhavam por conta própria, 334 mil não possuíam CNPJ. Apenas 48 mil tinham cadastro ativo, o que mantém a informalidade como marca predominante do mercado de trabalho no estado, segundo o IBGE.

O nível de ocupação teve leve alta em 2024, chegando a 50,7%, mas ainda distante do recorde de 56,6% registrado em 2015. No Nordeste, o Piauí ocupa a terceira posição entre os estados com maior proporção de trabalhadores empregados, atrás de Sergipe e Bahia. No país, aparece com o oitavo menor índice. Entre os setores, a agropecuária registrou a maior queda, perdendo 138 mil vagas desde 2012 e caindo da liderança para a terceira posição.

  
Carteira de Trabalho. Reprodução/ Internet
 
 
No mesmo período, a indústria também reduziu ua participação, com perda de 32 mil postos. Já os serviços domésticos tiveram recuo menor. Em contrapartida, a administração pública e áreas ligadas à educação e saúde passaram a liderar o mercado de trabalho piauiense, com crescimento de 213 mil para 284 mil trabalhadores entre 2012 e 2024. O comércio segue em segundo lugar, reunindo 282 mil ocupados.

A pesquisa também aponta uma redução de 39% no número de trabalhadores sindicalizados no estado, que passou de 314 mil para 191 mil ao longo de 12 anos. Mesmo com a queda, o Piauí mantém o maior índice de sindicalização do país, à frente de Rio Grande do Sul, Maranhão e Distrito Federal. Estados como Rondônia, Goiás e Amazonas registram os menores percentuais.