A Polícia Civil do Piauí investiga o empresário e ex-garçom identificado apenas como Gustavo por suspeita de contrabando, descaminho e receptação qualificada. Segundo as investigações da Superintendência de Operações Integradas (SOI), ele teria movimentado R$ 3 milhões em um ano, mesmo sem possuir empresa formalmente registrada. O caso veio à tona após o suspeito ostentar uma vida de luxo incompatível com sua renda declarada.
De acordo com o delegado Matheus Zanatta, Gustavo trazia produtos do Paraguai, como bebidas importadas, perfumes e iPhones de última geração, e revendia em Teresina. Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, foram encontrados celulares, bebidas e perfumes de alto valor, além de um carro de luxo avaliado em mais de R$ 500 mil. O delegado estima que apenas os aparelhos apreendidos ultrapassem R$ 300 mil em valor de mercado.
O delegado Felipe Bonavides afirmou que o investigado não possui comércio regular ou atividade declarada que justifique a movimentação financeira. “Ele movimentou mais de R$ 3 milhões em um ano, conforme relatórios do COAF”, disse. Ainda segundo a polícia, os depósitos e entregas eram realizados em apartamentos usados como pontos de armazenamento das mercadorias.
As investigações também apontam ligações entre Gustavo e outros empresários investigados por receptação e sonegação fiscal, como “Maguim Cell”. O esquema envolvia viagens frequentes ao Paraguai e o transporte irregular de produtos pela fronteira. A Polícia Civil informou que vai pedir a prisão preventiva de estrangeiros suspeitos de participar do grupo e que o material apreendido será periciado para determinar sua origem e destino.