A Justiça determinou que influenciadores investigados na Operação Laverna apaguem de suas redes sociais todos os conteúdos ligados à divulgação do “Tigrinho”, plataforma de apostas considerada não autorizada, além de rifas ilegais. A medida atinge Sara Costa dos Santos, Lucimayre Magalhães Brito e Luiz Carlos Morfim Júnior, apontados pela Polícia Civil como responsáveis por promover ganhos irreais para atrair seguidores.
Segundo a Polícia Civil, os investigados utilizavam principalmente o Instagram para exibir resultados fictícios e simular lucros expressivos, induzindo seguidores ao erro. Vídeos, reels e stories eram usados para criar a impressão de ganhos imediatos, em uma estratégia que combinava marketing digital e forte apelo visual.
O pedido para suspender por seis meses as contas dos influenciadores não foi aceito pela Justiça. O juízo entendeu que, apesar dos indícios de uso ilícito, as redes sociais também são ferramenta de trabalho e fonte de renda dos investigados, razão pela qual o bloqueio integral foi considerado desproporcional.
A decisão estabelece a remoção imediata de todos os conteúdos sobre apostas não autorizadas e proíbe novas publicações, diretas ou indiretas, relacionadas às práticas investigadas. Segundo o magistrado, a medida interrompe a continuidade do ilícito sem comprometer totalmente a atividade profissional dos envolvidos.