Perícia investiga se padrasto realmente consumiu a comida envenenadA

O padrasto das vítimas é o principal suspeito de cometer o crime e está preso temporariamente.

O delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios de Parnaíba, informou nesta quinta-feira (09), que laudos periciais estão sendo realizados para confirmar se Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, de fato consumiu a comida envenenada que matou quatro membros da mesma família em Parnaíba. Atualmente o padrasto das vítimas é o principal suspeito de cometer o crime.

  

Francisco de Assis Foto: Reprodução
   

"Se ele ingeriu ou não o alimento envenenado, nós estamos esperando os laudos do sangue que foi coletado de todos e vai indicar a presença ou não da substância. Segundo as pessoas que foram ouvidas, há uma certa dúvida se ele comeu ou não porque para um dos policiais no local do crime ele disse que não comeu, as outras vítimas disseram que não viram ele comendo, ele disse que comeu quase tudo e uma das vítimas disse que viu ele trocando o alimento de vasilha e que ele teria ficado só beliscando. Então a gente não descarta a possibilidade que realmente ele tenha ingerido pouco do alimento ou que ele mesmo não tenha comido e simulou", ressaltou o delegado.

O delegado Abimael Silva informou que Francisco de Assis relatou sentir mal-estar cerca de quatro horas após o almoço, enquanto era levado pela Polícia Militar à delegacia para depor sobre o caso.

"Umas três a quatro horas depois ele foi passar mal porque foi conduzido pela Polícia Militar para a delegacia para prestar esclarecimentos já que ele era o único da família que estava em condições de falar. Entre 16h30 e 17h da tarde, já três, quatro horas depois, dentro da viatura policial foi que ele relatou que estava passando mal e foi conduzido pela polícia ao hospital. Ele foi o único que foi conduzido pela polícia, o restante todos foram de ambulância para o hospital", acrescentou.

PRISÃO:

Francisco foi preso temporariamente na manhã de ontem (08), apontado como principal suspeito de envenenar a comida consumida por uma família em Parnaíba. A prisão temporária possui um prazo de trinta dias, mesmo prazo para a conclusão do inquérito, mas que pode ser prorrogado.

O delegado Abimael justificou que a prisão temporária foi solicitada para evitar a possível influência de Francisco sobre as vítimas sobreviventes.

"Essa prisão ela é uma prisão permitida pela lei para investigar. Em alguns casos especiais, a lei permite uma prisão para se investigar, quando a pessoa é indispensável para o inquérito policial que é o caso da prisão temporária porque como há uma suspeita de que o mesmo possa ser o autor do crime e ele estava em convívio direto com as vítimas, o afastamento dele desse local é a coisa mais sensata a se fazer e, além disso, evitaria uma influência em relação aos outros familiares”, finalizou o delegado.

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