A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (8) a Operação Segunda Dose em Caxias (MA), tendo como principal alvo Adriana Raquel Santos de Sousa, mãe do prefeito Gentil Neto (PP) e secretária municipal de Proteção Social, Primeira Infância e Pessoa Idosa. Durante as diligências, realizadas em cinco endereços incluindo sua residência e unidades de saúde foram apreendidos R$ 467 mil em dinheiro, medicamentos antibióticos pertencentes ao Fundo Municipal de Saúde, além de celulares e computadores que passarão por perícia.
A investigação aponta que Adriana é suspeita de exercer ilegalmente a profissão de médica, assinando atestados e laudos sem possuir formação para a função. A Justiça Federal determinou seu afastamento imediato das funções públicas e da atividade médica. Ela foi conduzida à sede da Polícia Federal em Caxias para prestar depoimento sobre a origem do dinheiro e dos medicamentos, bem como sobre o exercício ilegal da medicina.
Inicialmente voltada para crimes de falsidade documental e exercício ilegal da medicina, a investigação agora inclui indícios de peculato e lavagem de dinheiro. Caso sejam comprovados, os crimes somados podem resultar em mais de 30 anos de prisão.
Essa é a segunda operação da PF em menos de um mês em Caxias. Em 19 de agosto, a Operação Lei do Retorno revelou um esquema de desvio de cerca de R$ 50 milhões do Fundeb, envolvendo a deputada estadual Daniella (PSB) e o ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil, atual secretário de Agricultura e Pecuária do Maranhão. Na ocasião, foram apreendidos veículos de luxo, joias, dinheiro e até um cheque de R$ 350 mil.