O Departamento de Polícia Científica do Piauí emitiu uma nota nesta quarta-feira (15), esclarecendo os motivos da demora para analise pericial dos cajus sobre o caso de envenenamento dos irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos. O crime ocorreu em agosto do ano passado na cidade de Parnaíba.
O laudo final na fruta só foi concluído mais de quatro meses e após o crime e o resultado apontou que os cajus não continham veneno. Após o resultado da perícia nas frutas, foi determinada a liberação Lucélia Maria da Conceição, 53, vizinha das crianças que foi presa suspeita de intoxicar os garotos com cajus.
No comunicado, o Departamento de Polícia Científica informou que os reagentes químicos necessários para a perícia das frutas, chegaram ao Piauí somente em dezembro, o que causou o atraso do laudo pericial.
Além disso o laboratório que é recém inaugurado, iniciou seu funcionamento apenas em setembro do ano passado, quase um mês depois do caso e desde então, os peritos realizaram viagens para treinamentos em diversos estados do país.
Veja a nota do Departamento de Polícia Científica do Piauí e Laboratório de Toxicologia do IML de Teresina.
Caso dos envenenamentos em Parnaíba
Ao longo de muitos anos, sempre foi difícil se conseguir fazer os exames toxicológicos forenses necessários para os crimes ocorridos no Piauí; mesmo com toda boa vontade, os demais estados não têm como receber em curto espaço de tempo uma quantidade de 15 exames como no presente caso ocorrido em Parnaíba; e quando se recebe é dois ou três casos após uma espera de vários meses; ora, devido à quantidade que se tinha pra fazer no presente caso, seria mais lógico se aguardar a chegada dos reagentes já comprados e fazer em Teresina, o que de fato foi feito.
O laboratório iniciou seu funcionamento em setembro e desde então, houve viagem dos peritos para treinamentos em vários Estados da federação, sendo o último o Espírito Santo; também houve treinamentos em Teresina por técnicos das empresas; além disso, se aguardou a chegada de vários reagentes comprados que chegaram em épocas diferentes sendo que os que possibilitaram fazer as perícias no estômago chegaram primeiro, motivo pelo qual foram feitas naquele momento; o reagente que possibilitou fazer os últimos exames só chegou no final de dezembro, motivo pelo qual ficou pronto no começo de janeiro; por isso, também tivemos desenvolvimento e implementação de métodos de análises toxicológicas.
É um laboratório novo, recém-inaugurado, e cujos peritos estão fazendo todo o esforço pra dar conta das demandas: quase todos os dias estão saindo mais de meia noite do mesmo.