Dois meses após ser alvo de um atentado a tiros durante um comício em Bogotá, o senador colombiano e pré-candidato à Presidência Miguel Uribe morreu nesta segunda-feira (11), aos 39 anos.

Figura de destaque da oposição e apontado como um dos favoritos para as eleições presidenciais de março de 2026, Uribe era neto de um ex-presidente e filho de uma jornalista assassinada pelo Cartel de Medellín, em um episódio que marcou a violência política e do narcotráfico no país.
O crime ocorreu na noite de 7 de junho, enquanto o parlamentar discursava em um evento de rua na capital. Segundo a investigação, um adolescente de 15 anos disparou contra o senador de uma motocicleta. Uribe foi atingido por três tiros — dois na cabeça e um na coxa esquerda.
Até o momento, a polícia não confirmou se o ataque tem ligação com facções criminosas ou grupos políticos.
Levado em estado crítico para a Fundação Santa Fé de Bogotá, Uribe passou semanas entre a vida e a morte. Após procedimentos médicos, chegou a apresentar melhora, mas sofreu uma nova hemorragia no sistema nervoso central no último sábado (9). Ele foi submetido a cirurgia de emergência e voltou a ser sedado, sem conseguir se recuperar.
O ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, líder do partido Centro Democrático — ao qual o senador era filiado — lamentou a morte.
“O mal destrói tudo, mataram a esperança. Que a luta de Miguel seja uma luz que ilumine o caminho correto da Colômbia.”
Miguel Uribe era casado com Maria Claudia Tarazona e deixa um filho.