O promotor Mário Romano, do Ministério Público do Piauí, afirmou que diversas testemunhas confirmaram a prática de compra de votos atribuída à vereadora de Teresina Tatiana Medeiros (PSB). A parlamentar e outros oito acusados participam da audiência de custódia iniciada na segunda-feira (24), que segue até o dia 28 no Fórum Eleitoral da capital.
Segundo o promotor, alguns depoentes relataram ter recebido doações, mas negaram que os repasses estivessem ligados a pedido de votos. Outros afirmaram ter trabalhado por cerca de 50 dias sem qualquer pagamento durante a campanha. Os relatos, segundo ele, variam bastante, mas reforçam a apuração do Ministério Público.
Tatiana Medeiros e os demais investigados respondem por suspeitas de lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e fraude eleitoral. O promotor Plínio Fontes informou que, no âmbito da Justiça Eleitoral, o foco principal é a suposta compra de votos e o financiamento irregular da campanha por meio de uma facção criminosa, da qual o companheiro da vereadora seria o líder.
De acordo com o Ministério Público, a investigação tem como base elementos reunidos pela Polícia Federal e Polícia Civil, que apontaram indícios de diferentes crimes. A audiência atual faz parte da fase de instrução, em que são colhidas provas que devem confirmar ou descartar as denúncias apresentadas.