Ações da Heineken caem e “verdinha” vive momento de ressaca - Bastidores
Quinta, 21 de novembro de 2024, 05:35

Bastidores

RESSACA DA VERDINHA

Ações da Heineken caem e “verdinha” vive momento de ressaca

Durante o ano, o volume total da empresa global diminuiu 4,7%.

Na última semana, a Heineken 2023 apresentou o balanço do ano, resultando em um sabor de ressaca: as ações da fabricante de bebidas registraram uma queda de 6% na manhã da última quarta-feira, 14, na Bolsa de Amsterdam.

Durante o ano, o volume total da empresa global diminuiu 4,7%, refletindo a pressão na demanda após os aumentos de preços realizados ao longo do ano. Apesar da receita ter alcançado 30,3 bilhões de euros, um aumento de 5,7% em comparação ao ano anterior, o lucro diminuiu 14%, totalizando 2,3 bilhões de euros, ficando aquém das expectativas dos analistas.

Enquanto a operação global enfrenta dificuldades, o mercado brasileiro apresenta notícias positivas. Ao lado do México e da China, o Brasil se destacou em volumes e receitas para a companhia, que intensificou os gastos com marketing em uma competição cada vez mais acirrada com a Ambev.

No Brasil, a receita da empresa cresceu cerca de 10%, impulsionada por ajustes de preços e pelo aumento das vendas dos rótulos premium, especialmente a Heineken, sendo o maior mercado mundial para a marca. O volume total de cerveja aumentou um dígito baixo, com a Heineken avançando 10% e a Amstel, mais popular, crescendo mais de 30%.

Globalmente, 2023 apresentou uma base de comparação desafiadora, com um forte crescimento de volume em 2022, além do aumento dos custos financeiros. Foi também no ano passado que a empresa encerrou suas operações na Rússia, decisão tomada em 2022 devido à guerra na Ucrânia.

Em um ambiente macroeconômico incerto, o lema da Heineken para 2024 é cautela, nas palavras do CEO e presidente do conselho, Dolf Van den Brink. "Nosso foco será o crescimento da receita, equilibrado entre volume e valor, investindo na construção de marcas, inovações e opções para o consumidor, visando oferecer criação de valor sustentável a longo prazo", declara o presidente no relatório de resultados.

Para 2024, com preços mais baixos de commodities e energia, a Heineken acredita que os custos crescerão um dígito baixo por hectolitro, proporcionando alívio e somando-se a uma economia de pelo menos 500 milhões de euros com a continuidade do programa de produtividade adotado nos últimos anos. Dessa forma, a empresa projeta um aumento de lucro operacional de um dígito no ano.

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