O influenciador Ítallo Bruno surgiu nas redes sociais na noite desta quarta-feira (07), recapitulando tudo o que passou desde a prisão na "Operação Jogo Sujo", desencadeada no dia 11 de janeiro.

Ítallo relatou sua trajetória e diz que foi "imaturo": "Eu trabalhei 5 anos de delivery, em cima de uma 160 (Moto 160cc) no sol e na chuva, até que Deus colocou na minha vida a oportunidade de, com as redes sociais, mudar minha vida, da minha família e de muita gente do Brasil inteiro. Infelizmente, fui imaturo e, por falta de conhecimento, acabei realizando os meus sorteios sem a autorização das autoridades," disse o influencer.

O influenciador assumiu que fez acordo de delação premiada e disse ainda que voltará com as rifas. "Realizei um acordo de colaboração premiada com a polícia, Ministério Público e Justiça. Nesse acordo, contribuí com as investigações e entreguei todos os meus bens que tinha conquistado através das rifas. Nesse acordo também foi definido que eu vou poder ter meu Instagram de volta e vou poder voltar com as minhas atividades normais com os meus sorteios, desde que sejam legalizados," afirmou.

Ítallo Bruno ainda afirmou que tudo serviu como uma aula para ele e que ainda vai transformar muitas vidas.

Relembre o caso:

Foram presos o influencer Ítallo Bruno Nunes e Silva, Lucas Soares Campos de Carvalho, Samia Camila Nunes e Silva (irmã de Ítallo), Thales Victor Costa, Lucilene Nunes de Sousa (mãe de Samia e Ítallo), Kelton Douglas da Silva Moura, Rikelme de Franca Silva Soares Moura, Leticia Evellyn dos Santos Carneiro (ex-namorada de Ítallo), Marcos Victor Pereira Silva, José Phablo Rangel Oliveira dos Santos, Valdir Sousa e Silva (pai de Ítallo), Israel Veloso da Silva e Vinicius Alves da Silva Barbosa. Todos eles são acusados de jogos de azar, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

“Operação Jogo Sujo”:

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos estão sob investigação por supostamente obterem vantagens ilícitas por meio da prática de jogos de azar, além da ocultação de patrimônio na aquisição de diversos bens.

As investigações também revelaram grandes transações financeiras entre indivíduos ligados a uma facção criminosa, e a suspeita é dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e jogos de azar. As penas previstas para tais infrações podem chegar a 18 anos de prisão.

O nome da operação, por sua vez, faz alusão à repressão de jogos de azar ilegais disseminados em redes sociais de grande abrangência.