Maria do Perpétuo Socorro Pereira, de 35 anos, foi presa na última quarta-feira (27), suspeita de ter assassinado sua companheira, Karita Joara de Lima, em Teresina. A família da vítima, no entanto, não acredita na hipótese de suicídio. A Polícia Civil do Piauí investiga o caso.
Karita morreu em 26 de setembro de 2024, em sua casa, no bairro São Pedro, Zona Sul de Teresina. Maria do Socorro acionou a polícia após alegar ter encontrado sua companheira enforcada.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Apesar das alegações de que Karita teria tirado a própria vida, os legistas encontraram ferimentos que não são compatíveis com essa versão dos fatos. De acordo com a perícia, Karita tinha lesões que indicam um enforcamento “horizontal”, ou seja, por algo que estivesse na mesma altura que ela.
Para Nathalia Figueiredo, delegada do DHPP, Karita e Maria estavam sozinhas em casa. Embora a vítima tivesse ferimentos em várias partes da cabeça, a companheira não apresentava ferimentos.
“Ela mesma relatou que estavam as duas em casa e afirmou que não tiveram nenhuma briga. Há indícios fortíssimos de que a morte foi violenta, não foi um suicídio”, contou a delegada.
Maria do Socorro foi presa em prisão temporária, com prazo de 30 dias. A investigação aguarda a conclusão de outros laudos periciais para encerrar o caso.
A tese do suicídio foi estranhada pela família de Karita desde o início. Os familiares afirmam que ela estava em uma boa fase da vida e não tinha motivos para cometer suicídio.
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