UM GESTOR PÚBLICO SÉRIO - Xadrez na Política
Quarta, 03 de julho de 2024, 05:06
Xadrez na Política

UM GESTOR PÚBLICO SÉRIO

ARNALDO EUGÊNIO DOUTOR EM ANTROPOLOGIA

Nas eleições municipais de 2024 será importantíssimo que os eleitores e as eleitoras brasileiras assumam, de fato, a sua responsabilidade cívica para eleger ou reeleger gestores públicos – prefeitos e prefeitas – e vereadores, que sejam conhecedores das demandas do povo e comprometidos com o desenvolvimento político, econômico, social e cultural da sua cidade. Noutras palavras, “ou muda ou tudo piora” porque o povo é o poder.

Isto significa dizer que, um “gestor público sério” é antes de tudo um “gestor público competente e moral”, que “não rouba nem deixa roubar”, ou que “não corrompe nem se deixa corromper” com vícios egoicos, atos de imoralidade e falta de decoro com a coisa pública, que impedem o bem-estar dos munícipes e o desenvolvimento das cidades brasileiras.

Um “gestor público sério” ou um “gestor público competente e moral” tem respeito e serviço prestado à população, e conhece, minimamente, a economia brasileira, os princípios de finanças, contabilidade, orçamento público e as respectivas legislações, para efetivar a aplicabilidade dos recursos e otimizar os resultados da sua gestão. Logo, um “um gestor público sério” não se permite estar ladeado de asseclas, lambe-botas e incompetentes, nem mente para o povo.

O eleitorado local deve entender, definitivamente, que, o que caracteriza um “gestor público sério” é ser alguém conhecedor da realidade da cidade e, principalmente, ter responsabilidade política com a administração de recursos e políticas públicas. Ele deve se cercar de profissionais hábeis e capazes de avaliar, planejar, executar, organizar, coordenar e controlar atividades e projetos, que visam o bem-estar da população e o desenvolvimento do país ou região ou cidade onde atuam.

Considerando que entre o azul do céu e o verde do mar existe uma infinidade de demandas sociais, as campanhas de futuros gestores públicos – prefeitos e prefeitas – e vereadores, comprometidos com a austeridade, a moralidade e a ética numa gestão pública, dialogam com o eleitorado, apresentando disposição, bem como propostas plausíveis e realizáveis, para persuadi-lo a votar naqueles e rejeitar os seus adversários.

Durante uma campanha eleitoral, um pretendente ao cargo de “gestor público sério” deve compreender que a sua relação com os munícipes é, em essência, um processo de comunicação política de duas vias, onde dois atores – candidatos e eleitores – dialogam e constroem um pacto fundamentado por meio de uma troca de intenções. Ou seja, os eleitores querem que os seus desejos, os interesses e as demandas sejam implementados e os políticos/candidatos querem ser eleitos.

Não se nasce um “gestor público sério”, mas se constrói ao longo da vida pública com retidão e serviço prestado à população. Isto é, um “gestor público sério” não é forjado no plano do nada ou de coisa nenhuma. Um “gestor público sério” deve apresentar três características bem nítidas: 1) abertura para o diálogo, 2) prudência na realização de gastos, 3) transparência dos atos da gestão.

Um “bom gestor público”, que prima pela seriedade, é aquele que dá suporte ao trabalho da equipe. Pois, a liderança de pessoas é uma das características de um bom gestor. Porém, o senso de liderança não envolve tão somente conhecer e cumprir a hierarquia, supervisionando a equipe e cobrando resultados: ser confiável é fundamental.

Portanto, se o eleitorado municipal não quer que a situação da cidade piore, este deve “saber votar”. Um “bom gestor público”, ou um “gestor público sério” ou um “bom líder” é autoconsciente, comunicação eficaz, delega o trabalho, encoraja o pensamento estratégico e motiva a equipe a dar o melhor ao povo.

Leia Também

Dê sua opinião: