A partir de 2025, as Forças Armadas do Brasil vão permitir o alistamento militar de mulheres pela primeira vez na história. A decisão foi anunciada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, após conversas com os comandantes militares, sinalizando um passo significativo na inclusão de gênero dentro das instituições militares do país.
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As mulheres poderão começar a integrar as fileiras em 2026. Segundo Múcio, a inclusão não se limitará a funções administrativas ou de enfermagem, mas abrangerá todas as áreas, incluindo a infantaria. "Queremos mulheres armadas até os dentes", declarou Múcio à Folha de S. Paulo, destacando a importância de uma participação feminina plena e efetiva.
Atualmente, as mulheres podem ingressar nas Forças Armadas por meio de escolas preparatórias para oficiais, mas com restrições, exceto na Marinha, onde já podem atuar como fuzileiros navais. O novo alistamento feminino será voluntário, semelhante ao masculino, mas sem a obrigatoriedade.
Apesar do consenso entre os chefes militares, ainda há debates sobre a quantidade de vagas a serem destinadas às mulheres. José Múcio defende um aumento gradual dessas vagas até que as mulheres representem 20% das cerca de 85 mil novas recrutas anuais. Hoje, a maioria das vagas é destinada ao Exército (75 mil), seguido pela Aeronáutica (7 mil) e pela Marinha (3 mil). A Marinha, que começou a admitir mulheres em 1980, tem atualmente 8.420 mulheres em 75 mil cargos ativos. Na Aeronáutica, elas representam pouco mais de 20% do efetivo, enquanto no Exército, desde 1992, são 6% do total, mas sem acesso às armas mais combatentes como a cavalaria e a infantaria.
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