De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 8,6 milhões de brasileiros enfrentam insegurança alimentar grave, o que representa cerca de 4% da população do país, estimada em 216,1 milhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Desse total, 7 milhões residem em áreas urbanas, enquanto 1,6 milhão vivem em regiões rurais. É importante destacar que houve uma redução no número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave nos últimos cinco anos, já que em 2018 esse número era de 10,3 milhões.
O conceito de segurança alimentar, segundo o IBGE, abrange o acesso regular e pleno a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais. Por outro lado, a insegurança alimentar é classificada em três níveis:
Leve: quando há preocupação com o acesso futuro aos alimentos e diminuição na qualidade dos mesmos;
Moderada: situação em que ocorre restrição quantitativa de alimentos, principalmente entre os adultos;
Grave: caracterizada pela escassez quantitativa de alimentos, afetando até mesmo as crianças, levando os residentes de um domicílio a uma privação severa no consumo alimentar, podendo chegar à fome.
A pesquisa também revela que a maior proporção de domicílios com algum grau de insegurança alimentar está na região Norte, com 7,7%, seguida pelo Nordeste (6,2%), Centro-Oeste (3,6%), Sudeste (2,9%) e Sul (2%). No total, 64,1 milhões de brasileiros (29,7%) enfrentam algum tipo de insegurança alimentar, número que também apresentou redução em comparação com os dados de 2018, quando 84 milhões de pessoas (41%) estavam nessa situação.
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