O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), usou as redes sociais na manhã desta terça-feira (23), para criticar a gestão do governador Elmano de Freitas (PT), após a cidade registar dois assassinatos dentro de órgãos públicos. Na postagem, Sarto acusa o governo petista de “cumplicidade com facções”.

O primeiro fato que chocou os cearenses foi um assassinato dentro do Instituto Dr. José Frota (IJF), quando um homem invadiu a unidade de saúde e decapitou um funcionário na cozinha do hospital. Já o segundo crime, foi a execução de um jovem dentro de uma escola municipal no bairro Passaré.

“É inaceitável a violência em Fortaleza continuar do jeito que está. Hoje mais uma vez vivemos momentos de horror.Dois assassinatos brutais. A paralisia do Governo de Estado no combate às facções não parece ser apenas incompetência, mas também cumplicidade”, argumentou.

O prefeito falou ainda que tinha acionado os órgãos municipais para auxiliar no atendimento das famílias afetadas. “Acionei as Secretarias de Segurança Cidadã, Educação,Saúde e Direitos Humanos para dar todo o suporte aos familiares das vítimas e aos nossos trabalhadores, a quem dedico toda minha solidariedade. Não permitirei que o acesso aos nossos serviços públicos sejam prejudicados pela insegurança”, finalizou.

O que diz a SSP-CE

Sobre a morte na escola, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) confirmou, em nota, que equipes da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) investigam as circunstâncias do crime, que vitimou um jovem de gênero masculino, ainda não identificado.

“A vítima foi atingida por disparos de arma de fogo nas proximidades de uma instituição de ensino municipal, indo a óbito no interior da escola”, pontuou a Pasta. As investigações seguem a cargo da 7ª Delegacia do DHPP da Polícia Civil.

Sobre o assassinato dentro do IJF, o titular da SSPDS, Samuel Elânio, afirmou, em coletiva de imprensa, que o crime foi "passional", praticado por um ex-funcionário da unidade municipal. O homem já foi identificado e é procurado pelas forças de segurança.

Segundo Elânio, que esteve no hospital após a ocorrência, o ex-funcionário foi demitido em 2022, conseguiu entrar na unidade com reconhecimento facial e "por ciúmes" praticou o homicídio. A companheira dele também trabalha no hospital. "Não se trata de segurança pública", disse, em resposta ao prefeito José Sarto.