Sexta, 14 de março de 2025, 07:26
PROTESTO POR JUSTIÇA

Familiares de vítimas do caso Lokinho protestam contra decisão judicial em Teresina

Manifestantes cobram justiça após crime ser reclassificado de homicídio doloso para culposo.

Na tarde desta segunda-feira (10), familiares e amigos de Marly Ribeiro da Silva e Kassandra de Sousa Oliveira realizaram um protesto na BR-316, no bairro Santo Antônio, zona sul de Teresina. O ato ocorreu no local onde as duas mulheres foram atropeladas e mortas em outubro de 2024 e teve como objetivo manifestar indignação contra a decisão judicial que reclassificou o crime de homicídio doloso para culposo.

  
Familiares de vítimas do caso Lokinho protestam contra decisão judicial
 
 
 

A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, decidiu na última quinta-feira (6) que não há indícios suficientes de que Stanlley Gabriell e Pedro Lopes, conhecido como Lokinho, assumiram o risco ao provocar o acidente. A mudança na tipificação do crime reduz significativamente a pena prevista, o que gerou revolta entre os manifestantes.

  
Familiares de vítimas protestam contra decisão judicial em Teresina Reprodução
 
 
 

Além disso, os participantes do protesto criticaram o pedido de habeas corpus para Stanlley Gabriell, que está preso há cinco meses. Segundo a acusação, ele dirigia uma caminhonete Rampage Laramie sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e acima da velocidade permitida no momento do atropelamento. Já Lokinho, que estava no veículo, responde ao caso em liberdade com medidas cautelares.

Relembre o caso 

No dia 6 de outubro de 2024, duas mulheres foram atingidas pelo veículo na BR-316, próximo à Penitenciária Profº José Ribamar Leite. Duas crianças que estavam com elas também ficaram feridas. Após o atropelamento, Stanlley e Lokinho tentaram prestar socorro, mas acabaram sendo alvo de uma tentativa de linchamento. Durante o tumulto, um homem foi morto a tiros.

  
Influenciador Lokinho e seu namorado, Stanlley. Reprodução
 
 
 

Os familiares das vítimas cobram justiça e afirmam que não vão aceitar a reclassificação do crime, temendo que os responsáveis não sejam devidamente punidos.

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