Ulisses Gabriel Silva, de 8 anos, foi reinternado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina na quinta-feira (12). O menino, que estava na Clínica Pediátrica desde a semana passada, precisou retornar à UTI devido a indícios de comprometimento neurológico. A assessoria do hospital não divulgou detalhes adicionais sobre o agravamento do estado de saúde do menino.
O retorno de Ulisses à UTI ocorre após ele ter sido internado em estado grave devido a envenenamento causado por Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, que foi presa imediatamente após o ocorrido. O irmão de Ulisses, João Miguel Silva, de 7 anos, também foi envenenado e faleceu no dia 28 de agosto, após uma breve internação.
O perito Antônio Nunes relatou que as crianças apresentaram sintomas severos, como salivação intensa, dificuldade respiratória, taquicardia, tremores e diarreia. Análises mostraram danos no estômago de João Miguel, e a polícia está investigando a possível utilização de chumbinho, uma substância proibida. Além disso, corpos de animais e cajus encontrados perto da casa da suspeita estão sendo examinados para entender melhor a causa da intoxicação.
O caso gerou uma grande comoção na comunidade, que se revoltou a ponto de incendiar a residência de Lucélia e alegar que ela tinha um histórico de hostilidade com crianças.
ENTENDA
Durante a audiência de custódia, Lucélia Maria refutou as acusações e alegou que a mãe das crianças fez falsas alegações devido a conflitos pessoais. Em um vídeo exclusivo do A10+, Lucélia afirmou que o veneno encontrado em sua casa pertencia a seu irmão, que considerou suicídio, mas não usou o material. Segundo ela, o veneno era destinado ao controle de roedores e insetos.
“Meu celular, meus documentos e o veneno foram apreendidos. Eu expliquei que não era para matar pessoas. Foi meu irmão que tentou se matar e o veneno ficou em casa. É para ratos e baratas, e o outro é para formigas”, declarou a suspeita durante a audiência.
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