Moradores do município de Castelo do Piauí, a 184 km de Teresina, vêm realizando protestos em denúncia ao fechamento de uma escola na cidade. A gestão do prefeito Júnior Abreu (PT) justifica a medida como parte do processo de integralização das escolas, porém os manifestantes afirmam que as unidades de educação não possuem estrutura adequada para isso.
Em conversa com o Central Piauí, a técnica de enfermagem Iara Soares afirma que a Prefeitura alega que a decisão de fechar a Unidade Escolar Abílio Pedreiras Veras Filho vem da necessidade de cortar gastos e de nuclear a educação na cidade, ou seja, tornar a unidade escolar em tempo integral. No entanto, Iara diz que há outra escola com melhores condições para se adequar ao modelo de tempo integral.
“Ele preferiu nuclear uma menor do que a nossa. Lá em Castelo, ele vai nuclear sem estrutura, e ele não avisou a comunidade. A comunidade ficou sabendo em uma live, faltando 10 dias para o início das aulas. Aí ele quer tirar os alunos para uma distância de 30 km da comunidade para a cidade”, denuncia.
Como resposta, a comunidade organizou manifestações nos dias 28, 29 e 31 de janeiro em protesto contra as decisões de fechamento da escola. Os atos envolveram, além de manifestações pacíficas com cartazes e gritos de ordem pelas ruas da cidade, o bloqueio da rodovia PI-115.
Iara é originária do povoado Pedreiras e já frequentou a escola. Ela afirma que a Prefeitura não avisou a tempo os pais e responsáveis antes de fechar a escola e que, agora, os jovens alunos terão que percorrer uma grande distância para poderem frequentar as aulas.
Ela é mãe de um garoto de 3 anos, já matriculado na unidade de ensino, mas que não poderá frequentar a escola.
OUTRO LADO
O Central Piauí tentou contato com o prefeito Júnior Abreu, mas, até o momento da publicação desta matéria, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto.
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