O Decreto de Readmissão ao Exercício Público do Ministério Sacerdotal do Padre Possidônio Ferreira Barbosa Júnior foi divulgado nesta segunda-feira, 30 de dezembro de 2024. O documento foi assinado por Dom Edilson Soares Nobre, bispo da Diocese de Oeiras, e pelo Chanceler da Cúria, Pe. Welson Barbosa.

De acordo com o Decreto, o retorno do padre ao ministério sacerdotal foi determinado após uma investigação prévia realizada na Diocese de Oeiras, conforme o cânon 1717 do Código de Direito Canônico. O processo investigativo foi desencadeado após a denúncia de um possível delito contra o sexto mandamento envolvendo um menor, porém, o Dicastério para a Doutrina da Fé, em 24 de outubro de 2024, concluiu que não havia elementos suficientes para iniciar um processo penal canônico. No âmbito civil e judiciário, o processo foi arquivado em 22 de fevereiro de 2024, devido à inexistência de autoria e materialidade do crime imputado ao sacerdote.

O Decreto de readmissão ao ministério sacerdotal autoriza o padre Possidônio a presidir publicamente a Celebração Eucarística e a celebrar outros sacramentos, conforme as disposições do direito canônico.

Contexto da acusação

O caso que envolveu o padre Possidônio começou em 2023, quando ele foi afastado das funções religiosas devido a uma acusação de estupro de vulnerável contra uma adolescente de 13 anos. A Diocese de Oeiras, na época, emitiu uma nota de esclarecimento, informando que o sacerdote estava proibido de celebrar publicamente a Santíssima Eucaristia e de exercer atos que requerem o poder de ordem sagrada. A acusação relatava encontros entre o padre e a jovem, que, segundo seu depoimento, iniciaram em 2021 e envolviam carícias e beijos, com o padre se mostrando atencioso e gentil durante os encontros.

A investigação no âmbito canônico e judicial, no entanto, resultou no arquivamento do processo, permitindo que o padre retomasse suas funções religiosas.