A Federação Inglesa de Futebol está considerando banir "para sempre" o meia Lucas Paquetá, do West Ham, caso ele seja considerado culpado nas denúncias de manipulação em quatro partidas da Premier League entre novembro de 2022 e agosto de 2023. Segundo o jornal britânico "The Sun", documentos detalhando informações sobre as apostas suspeitas foram publicados, alegando que o jogador teria forçado cartões amarelos em jogos contra Leicester, Aston Villa, Leeds e Bournemouth.
A publicação mencionou o caso anterior de Kynan Isaac, zagueiro do Stratford Town, suspenso por dez anos por apostar que receberia um cartão amarelo em 2021. Para a Federação, as alegações contra Paquetá são ainda mais sérias.
As apostas teriam sido feitas a partir da Ilha de Paquetá, local de nascimento do jogador de 26 anos, no Rio de Janeiro. Uma das apostas investigadas foi de apenas 7 libras (cerca de R$ 46 na cotação atual). A Betway, principal patrocinadora do West Ham, alertou sobre o "número incomum" de apostas.
Segundo Andrei Kampff, advogado especializado em direito desportivo, o caso será julgado por um comitê independente do futebol inglês. Paquetá e a federação terão a oportunidade de apresentar seus argumentos. A punição, em caso de condenação, pode variar de 6 meses até o banimento do futebol.
Além disso, Kampff esclarece que, se condenado, Paquetá poderá ser banido não só do futebol inglês, mas também ser obrigado a cumprir a mesma pena em outros países, incluindo o Brasil. Ele lembra que a CBF já solicitou à FIFA a extensão das punições impostas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a jogadores envolvidos em manipulação de resultados no Brasil.
Enquanto isso, Paquetá continua com a Seleção Brasileira nos Estados Unidos, mantendo sua convocação para a Copa América, mas seu futuro no futebol está em séria dúvida diante das acusações.
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