O Piauí registrou 1.179 casos de estupro de vulnerável em 2023, uma média de 3,23 ocorrências por dia, de acordo com os dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública nesta quinta-feira (18). O estupro de vulnerável abrange casos em que a vítima é menor de 14 anos ou incapaz de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade.

Além disso, o estado contabilizou 389 casos de estupro no mesmo ano. Ambos os crimes apresentaram crescimento em relação ao ano anterior. Em 2022, foram registrados 1.103 casos de estupro de vulnerável, representando um aumento de 6,6% em 2023. Os casos de estupro aumentaram na mesma proporção, de 365 registros em 2022 para 389 em 2023, também um acréscimo de 6,6%.

No cenário nacional, o número de estupros no Brasil cresceu e atingiu um recorde, com 83.988 casos registrados em 2023, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. Isso equivale a um estupro a cada seis minutos no país.

A taxa média nacional de ocorrências de estupro e estupro de vulnerável foi de 41,4 por 100 mil habitantes em 2023. O Piauí superou essa média com uma taxa de 47,9 casos por 100 mil habitantes.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela que a maioria das vítimas de violência sexual no Brasil são crianças e pré-adolescentes de até 13 anos. Crianças de 0 a 4 anos representaram 11,1% das vítimas, as de 5 a 9 anos foram 18%, e aquelas entre 10 e 13 anos somaram 32,5%. Em outras palavras, 61,6% dos estupros no Brasil envolveram vítimas entre 0 e 13 anos. Quando se considera vítimas de até 17 anos, a porcentagem sobe para 77,6% dos registros.

Além dos dados de estupro, o Anuário traz outras estatísticas de violência contra a mulher no Piauí em 2023:

28 feminicídios

3 casos de feminicídio seguidos de suicídio do autor do crime

59 tentativas de feminicídio

1.045 registros de stalking

515 registros de violência psicológica

3.416 ligações registradas ao 190 por violência doméstica

14.900 ameaças a mulheres

6.912 medidas protetivas de urgência concedidas pelo Tribunal de Justiça

Com informações do G1