Estudantes da USP inauguram sala de ocupação com o nome de Janaína Bezerra - Piauí
Sexta, 06 de dezembro de 2024, 01:35
EM MEMÓRIA

Estudantes da USP inauguram sala de ocupação com o nome de Janaína Bezerra

O espaço foi criado com intuito de acolher vítimas de violência na Universidade.

 

Nesta segunda-feira, 25 de novembro é comemorado o dia do Combate à Violência a Mulher e estudantes do campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP) inauguram a Ocupação Sala Lilás Janaína Bezerra vive, através dos movimentos de Mulheres Olga Benário e o Movimento Correnteza.

  

Divulgação do Espaço Sala Lilás Janaína Bezerra Vive
Foto: Reprodução/Instagram
   

De acordo com os estudantes, o espaço estava abandonado há anos e a universidade não tinha planejamento de uso para o local, que foi revitalizado pelos estudantes.

Segundo a postagem nas redes sociais, os estudantes reivindicam que a universidade adote medidas protetivas e estabeleça um protocolo de acolhimento para as vítimas de violência e também a instalação de um centro de referência que possa dar seguimento às inúmeras denúncias registradas diariamente pelos movimentos feministas da USP.

  

Estudantes da USP
Foto: Reprodução/Instagram
   


De acordo com os alunos, mesmo sendo uma das universidades mais elitizada do país, existe uma escassez de salas de aula e recursos para garantir a segurança de mulheres vítimas de violência.

A sala fica localizada na Travessa do Labirinto, 396 – Butantã – São Paulo (SP).

Caso Janaína Bezerra: 

Janaína da Silva Bezerra, de 22 era estudante do curso de Jornalismo na Universidade Federal do Piauí (UFPI), campus Petrônio Portela. Na manhã do dia 28 de janeiro, foi encontrada gravemente ferida e desacordada em uma sala, após uma festa universitária que ocorreu na instituição na noite anterior.

Segundo a declaração de óbito do Instituto Medicina Legal (IML), a vítima teve o pescoço quebrado e foi constatado que a mesma foi abusada sexualmente.

O autor do crime, Tiago Mayson da Silva Barbosa, ex-mestrando de matemática na UFPI foi condenado à 18 anos e seis meses de prisão.

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