O Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (IMEPI) mantém as fiscalizações em postos de combustíveis após a Operação Carbono Oculto 86, que apontou irregularidades e possíveis fraudes eletrônicas em bombas medidoras. Cerca de 27 postos das redes investigadas devem ser vistoriados nesta quinta-feira (6). Segundo o diretor-geral do órgão, Júnior Macedo, 30 placas eletrônicas foram apreendidas e enviadas ao laboratório do Inmetro para análise.
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De acordo com o gestor, o trabalho ainda não foi concluído e novos postos podem ser interditados nas próximas horas. “Ainda faltam alguns postos em Teresina dessas duas redes. Nossos fiscais continuam em campo, abrindo bombas, analisando peças e recolhendo materiais. É um trabalho técnico e detalhado, por isso as equipes seguem nas ruas”, afirmou.

As placas apreendidas são de equipamentos que podem ter sido usados para aplicar a chamada fraude eletrônica, quando o medidor registra mais combustível do que o realmente entregue ao consumidor — prática conhecida como “bomba baixa”. Caso as irregularidades sejam confirmadas, as multas podem chegar a R$ 1,5 milhão por posto. O IMEPI informou que os 30 estabelecimentos com atividades suspensas seguem interditados sem previsão de reabertura.
A Operação Carbono Oculto 86 faz parte do Pacto pela Ordem, iniciativa que reúne órgãos de fiscalização e segurança pública no combate à lavagem de dinheiro, fraudes e irregularidades no setor de combustíveis, com indícios de atuação de facções criminosas no estado. O órgão mantém o canal “Fala Consumidor” para o recebimento de denúncias sobre irregularidades em postos.

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