A Polícia Civil do Piauí indiciou, no dia 21 de agosto, o médico Geraldo Vieira Diniz Júnior, filho da promotora aposentada Leida Diniz, pelos crimes de calúnia, difamação, injúria, violência psicológica e denunciação caluniosa contra a ex-esposa, a enfermeira Riassa Dourado, mãe de suas duas filhas.

O indiciamento decorreu de investigação conduzida pela 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Teresina, sob a coordenação da delegada Valéria Cristina da Silva Cunha. Segundo os autos, Riassa Dourado denunciou que Geraldo fez falsas acusações de maus-tratos contra as filhas, que foram submetidas a exames no Instituto de Medicina Legal (IML) sem que houvesse comprovação de agressões.
A enfermeira também relatou difamação por parte do ex-marido, que teria se referido a ela como “incompetente” e “desequilibrada” diante de amigos e familiares. Além disso, Riassa afirmou que o médico impôs restrições financeiras, condicionando a venda de um imóvel à desistência de ação de alimentos, prática caracterizada como violência patrimonial.
A investigação colheu diversos depoimentos que reforçam as denúncias, incluindo relatos de familiares, vizinhos e a babá das crianças, que confirmaram a dedicação da enfermeira e a ausência de maus-tratos. Testemunhas descreveram Geraldo como ausente na rotina das filhas e relataram episódios de hackeamento de perfis e difamação.
Em interrogatório, Geraldo Diniz negou todas as acusações, alegando que era alvo de agressões físicas e verbais da ex-esposa e que apenas reproduziu relatos das próprias filhas sobre supostos castigos abusivos. O médico afirmou ainda ter arcado sozinho com dívidas e sustento das crianças após a separação.
Apesar das negativas, a delegada concluiu que havia indícios suficientes de autoria e materialidade para o indiciamento. Os autos do inquérito foram encaminhados ao Poder Judiciário para as próximas etapas legais.
O Central Piauí entrou em contato com Geraldo Diniz, que respondeu: “Não estou ciente de nenhuma informação. Não autorizo nenhuma notícia ou publicação vinculada ao meu nome. Qualquer tentativa será passível de responsabilização judicial”.

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