O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Charles Silveira, afirmou nesta terça-feira (4) que, até o final da semana, a pasta deve receber a primeira metade dos medicamentos, insumos e materiais requisitados em razão do estado de calamidade decretado na saúde pública de Teresina.

“Neste chamamento que nós fizemos, as empresas vencedoras têm um prazo de 72 horas para entregar 50% do material licitado. As ordens já foram emitidas, as empresas notificadas, e acreditamos que, até o final da semana, já estaremos com medicamentos, materiais para o Raul Bacelar e insumos odontológicos. Teremos o suficiente para o primeiro mês e, em 15 dias, elas devem entregar para o mês seguinte”, disse o presidente da FMS.

Segundo Charles, a medida deve garantir o abastecimento das unidades de saúde da capital, principalmente do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), pelo período de dois meses. Ele garantiu, também, que novas licitações já estão sendo negociadas para assegurar os atendimentos.

“Fizemos um chamamento de emergência em função da falta absoluta desses medicamentos e insumos. Essa ação permitirá que tenhamos material para atendimento da população por dois meses. Além disso, está tramitando uma licitação emergencial para aquisição dos próximos seis meses e, ao mesmo tempo, uma licitação normal, para que, nesses seis meses, possamos firmar um contrato efetivo e evitar problemas no fornecimento de medicamentos, insumos e materiais hospitalares pelos próximos dois anos”, explicou.

O gestor também destacou que parte dos materiais em falta no Laboratório Raul Bacelar já foi reposta e que a entrega desta semana irá complementar o estoque. A escassez, causada pela desorganização da gestão anterior, segundo Charles, levou à diminuição de exames realizados pelo laboratório.

Além disso, a FMS realizou um chamamento de técnicos de farmácia para atuar em Unidades Básicas de Saúde.

Em relação aos atendimentos odontológicos e ao funcionamento de salas de vacina, a previsão da FMS é que os serviços sejam restabelecidos em até três meses. O gestor afirmou que 92 UBS possuem problemas estruturais e mais de 400 unidades odontológicas estão fechadas.