O adolescente de 16 anos, baleado na cabeça pela ex-namorada na manhã de quarta-feira (4) no Colégio CPI, unidade Pires de Castro, zona Sul de Teresina, permanece internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Segundo a equipe médica, o jovem está em estado grave, com risco de paraplegia, já que o projétil ficou alojado na coluna cervical.
A estudante L.M.G., de 17 anos, utilizou uma arma de 9mm para disparar contra o ex-namorado, J.L., após uma discussão no refeitório da escola. Testemunhas relataram que a jovem apontou a arma para a boca do adolescente antes de efetuar o disparo.
Daniela Dinalli, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a jovem foi apreendida logo após o crime, quando se entregou no 25º Batalhão de Caçadores. Ela foi encaminhada à Central de Flagrantes, onde permaneceu em silêncio durante o depoimento, acompanhada pelos pais e por um advogado.
Estado de saúde da vítima
O jovem está entubado no HUT, e seu estado é considerado grave. A equipe médica informou que o quadro está estável, sem pioras ou melhoras significativas até o momento. A decisão sobre a cirurgia para remoção do projétil dependerá de uma junta médica que avalia o caso.
O crime teria sido motivado pelo fim do relacionamento entre os adolescentes, que durava pouco mais de um mês. Na noite anterior ao ataque, L.M.G. foi até a casa de J.L., onde o agrediu e ameaçou de morte caso ele insistisse em terminar o namoro.
A arma usada pela adolescente pertence ao pai dela, o sargento da Polícia Militar do Piauí Leonardo Rodrigues. Em depoimento, ele afirmou que guardava a pistola trancada em um armário, mas acredita que a filha tenha encontrado um meio de acessá-la.
Após atirar no ex-namorado, L.M.G. teria entrado em uma farmácia próxima à escola e afirmado aos funcionários: “Eu matei ele, ele merecia morrer.”
Próximos
A adolescente está internada em um centro socioeducativo para menores infratores em Teresina. Ela passará por audiência de custódia nesta quinta-feira (5), quando será decidido se continuará detida enquanto as investigações prosseguem.
O caso segue sendo investigado pela DPCA, que também apura possíveis responsabilidades no acesso à arma utilizada no crime.
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