Alvo da Operação Águas Rasas, conduzida pela Polícia Federal, o vereador Flávio José de Moura (PT) é suspeito de integrar um esquema de fraude em transferências de domicílio eleitoral em Elesbão Veloso.
De acordo com a delegada Milena Soares Caland, da Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Institucional (Delinst), Flávio José, na condição de funcionário terceirizado da Agespisa, inseria dados falsos no sistema eleitoral. "Ele produzia certidões com informações verdadeiras, mas com endereços e dados fictícios", explicou a delegada.
A operação revelou que 41 pedidos de transferência foram indeferidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí devido às fraudes. Além disso, a Polícia Federal investiga outros 85 requerimentos suspeitos.
A denúncia foi inicialmente encaminhada pelo Ministério Público, e a coligação adversária do candidato contribuiu ao fornecer evidências de fraude. "A coligação adversária colaborou mostrando alguns endereços indevidos e outras fraudes", completou a delegada.
Em vídeo divulgado, Pinto Moura, como é conhecido, afirma estar 'tranquilo'.
O caso
A Operação Águas Rasas foi deflagrada com o objetivo de combater crimes relacionados a transferências fraudulentas de domicílio eleitoral. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 48ª Zona Eleitoral, todos em Elesbão Veloso.
As investigações apontam que Flávio José recrutou eleitores de outras cidades para formalizar pedidos de alteração de domicílio eleitoral. Ele também é acusado de inserir dados falsos no sistema, gerando certidões verdadeiras, mas com informações inválidas.
Além das 41 transferências fraudulentas identificadas, o caso envolve suspeitas sobre outros 85 requerimentos. Os investigados podem enfrentar acusações de alistamento fraudulento, falsidade ideológica para fins eleitorais, inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa, com penas que podem chegar a 25 anos de reclusão.
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