Quarta, 02 de abril de 2025, 17:03
GAECO

Dois advogados foram presos em Timon durante a Operação Mercúrio deflagrada pela Gaeco

Os advogados chegaram a introduzir drogas nos presídios em visitas a seus clientes..

Dois advogados, ainda não identificados foram presos durante as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (13), por suspeita de envolvimento com a facção criminosa Bonde dos 40, através da operação Mercúrio deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério publico do Maranhão, na cidade de Timon.

Segundo as investigações, iniciadas há nove meses, o Gaeco, em apoio à 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Timon, identificou a atuação delituosa dos advogados e presos integrantes da facção. A operação teve como objetivo desarticular uma célula de organização criminosa que atuava tanto dentro quanto fora dos presídios maranhenses.  

  

Operação Mercúrio realizada pela GAECO em Timon-MA. Foto: Reprodução

   

Segundo informações da investigação, os advogados envolvidos chegaram a introduzir drogas nos presídios durante visitas a seus clientes. Além disso, serviam como intermediários da organização criminosa conhecida como Bonde dos 40, transmitindo mensagens entre membros presos e aqueles em liberdade.

Os recados enviados por meio de cartas e bilhetes, na maioria das vezes incluíam mensagens de cobrança de dívidas relacionadas ao comércio de drogas, os advogados mantinham contato com as “biqueiras” e faziam remessas de drogas que eram enviadas para os presídios de Timon.

Durante a operação foram cumpridos mandados de prisão contra indivíduos que já se encontram no sistema prisional, além de Mandados de Busca em endereços que interessavam às investigações. Em Timon, foram presos dois advogados.

Ainda no decorrer das investigações realizadas pelo Gaeco, um dos advogados presos foi flagrado entregando drogas para indivíduos que estão presos, quando da realização das visitas profissionais.

  

Operação Mercúrio realizada pela GAECO em Timon-MA Foto: Reprodução 

  

No decorrer das investigações houve um registro de um caso em que um dos advogados foi flagrado entregando entorpecentes aos presidiários, que posteriormente engoliam as substâncias para evitar a detecção e comercializavam dentro das celas.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados do Maranhão, após Representação formulada pelo Ministério Público do Maranhão, através do Gaeco.

A operação contou com a participação das Polícias Civil e Militar do Maranhão, Polícia Civil do Piauí, além dos Ministérios Públicos do Distrito Federal (Gaeco-DF) e do Piauí (Gaeco-PI).

"Operação Mercúrio"

O nome da operação faz alusão à figura mitológica Mercúrio, Deus dos mensageiros, dos ladrões e do comércio, encarregado de transportar mensagens entre os deuses.

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