Os empresários Haran Santhiago Girão Sampaio e Danillo Coelho de Sousa, donos das redes de combustíveis HD e Diamante, deixaram o Piauí um dia antes do início da Operação Carbono Oculto 86, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e fraudes no setor de combustíveis com possíveis ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O Ministério Público do Piauí (MPPI) deve pedir a prisão dos dois por não colaborarem com as investigações. O espaço segue aberto para manifestação das defesas.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, os empresários viajaram para São Paulo e Brasília na terça-feira (4), e a operação foi deflagrada na manhã seguinte. Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, dezenas de caixas de relógios e joias vazias foram encontradas nas residências dos investigados. Segundo o secretário, os objetos de alto valor, como relógios Rolex, teriam sido levados na fuga.

O MP-PI deve relatar à Justiça indícios de evasão de patrimônio e ocultação de bens, além de solicitar prisão preventiva dos empresários. As investigações apontam que eles possuem quatro aeronaves, sendo que uma já foi localizada e sequestrada pela Justiça, enquanto as outras três estão sendo rastreadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
As esposas dos empresários, as gêmeas Thamyres Leite Moura Sampaio e Thayres Leite Moura Coelho, também são investigadas. Elas são sócias das redes HD e Diamante, cujas atividades foram interditadas pela Polícia Civil. A operação, realizada em conjunto com o MP-PI, Receita Federal e Secretaria da Fazenda, bloqueou bens, contas bancárias e interditou 49 postos de combustíveis nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins. Entre os bens apreendidos estão um Porsche e um avião particular.

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