Em audiência de custódia realizada no domingo (25), Lucélia Maria da Conceição Silva, de 58 anos, teve sua prisão preventiva decretada em Parnaíba. Ela é suspeita de envenenar duas crianças, de 7 e 8 anos, que permanecem em estado grave.
Os irmãos foram inicialmente atendidos no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Parnaíba, e, devido à gravidade do quadro, foram transferidos para a UTI pediátrica do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde estão em coma e respirando por aparelhos.
O juiz Marcos Antonio Moura Mendes decidiu pela prisão preventiva de Lucélia, citando evidências como a presença de veneno em sua residência, um cajueiro em frutificação no quintal e relatos de agressões anteriores a crianças. "A tentativa de homicídio e o histórico de agressões justificam a necessidade de manter a suspeita em prisão preventiva", destacou o juiz.
Durante a busca em sua casa, foram encontrados envólucros de estricnina, um veneno altamente tóxico, que Lucélia alegou usar para matar ratos. O veneno e uma sacola de cajus foram apreendidos e enviados para perícia.
A mãe das crianças, Francisca Maria Silva, contou que o filho mais velho chegou em casa com um saco de cajus, que teria sido dado por Lucélia. Após comer os cajus, os irmãos começaram a apresentar sintomas graves, como vômito e coloração anormal da pele. Ambos foram levados ao hospital, onde ainda estão sob cuidados médicos.
Lucélia está detida na Central de Flagrantes de Parnaíba e aguardará julgamento na Penitenciária Mista da cidade. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso.
Dê sua opinião: