A audiência de instrução do caso da vereadora de Teresina Tatiana Medeiros (PSB), presa em abril deste ano durante operação da Polícia Federal, deve se estender por, no mínimo, cinco dias. A sessão está marcada para começar no dia 13 de outubro, na 1ª Vara Eleitoral, e deve ouvir a parlamentar e outros oito réus envolvidos no processo.

A previsão de uma audiência extensa decorre do número de testemunhas arroladas: 112 no total. A juíza Júnia Feitosa, responsável pelo caso, já fixou prazo para que as defesas fossem apresentadas. Alguns dos acusados pediram novas diligências antes do início dos depoimentos.
O advogado de Tatiana, Samuel Castelo Branco, disse que a defesa da vereadora já foi protocolada e que aguarda a convocação para a audiência de instrução.
O caso
Tatiana Medeiros foi alvo de mandado de prisão em abril, em operação da Polícia Federal que investigava crimes eleitorais e financeiros envolvendo agentes políticos em Teresina. Segundo a investigação, ela é acusada de integração a facção criminosa, compra de votos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e rachadinha.
As apurações da PF apontaram suposto uso de candidaturas e mandatos como instrumentos para favorecer interesses de grupos criminosos na capital piauiense. O caso ganhou repercussão estadual pelo envolvimento de uma parlamentar em exercício e pelo volume de provas apresentadas no inquérito.
Mudança no regime de prisão
Inicialmente, Tatiana Medeiros ficou custodiada no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí. Em junho, a defesa conseguiu converter a prisão preventiva em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, após apresentar relatórios médicos que comprovaram crises de ansiedade e episódios de internação relacionados à saúde psicológica da vereadora.
Desde então, ela cumpre as medidas em casa, mas continua sendo monitorada pela Justiça.

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