Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, teve liberdade decretada nesta segunda-feira (13), após cinco meses presa, acusada de envenenar os irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, em Parnaíba, litoral do Piauí. A decisão ocorreu após um novo laudo descartar a presença de veneno nos cajus consumidos pelas crianças.
A reviravolta no caso surgiu após outro episódio de envenenamento envolvendo a mesma família. No almoço de Ano Novo, Francisco de Assis Pereira da Costa, companheiro da mãe das crianças, foi preso suspeito de adicionar veneno ao arroz servido na refeição. Quatro pessoas morreram, incluindo duas crianças.
De acordo com a polícia, Francisco teria contaminado o arroz com terbufós durante a madrugada do réveillon e insistido para que fosse consumido no almoço. Apesar disso, ele nega envolvimento e seu advogado afirma que não há provas concretas contra ele.
Francisco também fez declarações preconceituosas em depoimentos, demonstrando rancor contra a família: "Quando eu passava por ela, eu sentia nojo. Eu olhava pra ela com raiva, de rancor", disse sobre a mãe das crianças. Em outro momento, descreveu os enteados de forma pejorativa: "Era como se eu estivesse tentando civilizar uma gente, uma civilização de índio. Primata, sabe?".
Com a reabertura do inquérito, as suspeitas do envenenamento inicial agora apontam para Francisco.
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