Na manhã desta quinta-feira (15), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Piauí (MPPI) deram continuidade à Operação Iscariotes, com o cumprimento de novas medidas judiciais. A operação, que apura suspeitas de propina envolvendo um servidor público, teve sua segunda fase marcada pela execução de cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em Teresina e um em Picos, no Sul do estado.
Entre as medidas mais recentes, o Tribunal de Justiça do Piauí determinou o monitoramento eletrônico do promotor Maurício Verdejo, além do bloqueio de bens e valores dos investigados. Verdejo, que já havia sido afastado de suas funções por 90 dias, também foi proibido de acessar as instalações do MPPI, exceto para atos instrutórios específicos.
Conforme informações da PF, as investigações se concentram em uma acusação de concussão, crime em que um servidor público exige vantagem indevida para si ou para terceiros. Se confirmadas as suspeitas, o promotor pode ser responsabilizado criminalmente.
A operação foi desencadeada após denúncias de que Verdejo teria solicitado R$ 3 milhões para arquivar uma investigação criminal contra um empresário. Durante o cumprimento dos mandados, as autoridades apreenderam R$ 900 mil em dinheiro, além de documentos e dispositivos eletrônicos.
O caso segue sob sigilo judicial, e novas fases da operação não estão descartadas, à medida que as investigações avançam.
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