A Polícia Civil do Piauí pediu à Justiça a prorrogação do inquérito policial que investiga supostos crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro na Prefeitura de Teresina, no âmbito da Operação “Gabinete de Ouro”, deflagrada em 14 de outubro. A apuração envolve a ex-chefe de gabinete do ex-prefeito Dr. Pessoa, Suelene da Cruz Pessoa, conhecida como Sol Pessoa, além de Marcus Almeida de Moura, Mauro José de Sousa e Rafael Thiago Teixeira Ferreira.
De acordo com o Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), as investigações indicam a existência de um esquema de rachadinha, uso de notas fiscais falsas e empresas de fachada para desviar recursos públicos. O pedido de prorrogação foi feito para permitir a análise completa de celulares e documentos apreendidos, que estão passando por perícia digital.

As apurações apontam que Sol Pessoa seria a líder da operação, controlando contratações, pagamentos e repasses ilícitos, além de ter influência política sobre cargos e terceirizados. Entre 2020 e 2024, ela teria recebido R$ 1,2 milhão em sua conta, valor bem acima da renda declarada. Já Marcus Moura, dono de uma empresa de transportes, teria movimentado R$ 5 milhões por meio de empresas de fachada e notas fiscais frias.
Ainda segundo a polícia, Rafael Thiago Teixeira Ferreira, servidor com três vínculos públicos, movimentou R$ 4,3 milhões, realizando pagamentos pessoais de Sol Pessoa e repasses para empresas ligadas ao grupo. Mauro José de Sousa seria responsável por depósitos em espécie e pela distribuição dos valores. O esquema funcionava com rachadinhas, propinas e fraudes em contratos, utilizando a construtora PAVCON como um dos principais meios de lavar o dinheiro desviado.

Dê sua opinião: