Polícia indicia suspeito de matar namorada após perícia descartar tiro acidental - Polícia
Sábado, 07 de setembro de 2024, 20:25
VERSÃO CONTRARIADA

Polícia indicia suspeito de matar namorada após perícia descartar tiro acidental

A investigação revelou que o disparo foi efetuado a uma longa distância, o que contraria a versão dada pelo principal suspeito.

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de Maria Luiza da Silva Oliveira, de 19 anos, que foi assassinada com um tiro no rosto em 15 de julho. A investigação revelou que o disparo foi efetuado a uma longa distância, o que contraria a versão dada pelo principal suspeito, Dilberto Vieira da Silva, de 23 anos, que era namorado da vítima.

  
Dilberto Vieira afirmou à polícia que o tiro foi acidental. Foto: Reprodução.
 
 
 

Versão do suspeito e provas técnicas:

Dilberto Vieira afirmou à polícia que o tiro foi acidental. Ele alegou que Maria Luiza havia tentado se suicidar e que ele tentou retirar a arma da mão dela, um revólver calibre 38, quando o disparo ocorreu. No entanto, um laudo policial complementar revelou que o tiro foi disparado a uma distância considerável. Segundo a delegada Nathália Figueiredo, o laudo não encontrou sinais de chamuscamento ou outros efeitos secundários de um disparo a curta distância na região dos olhos da vítima, o que refuta a alegação do suspeito.

Indiciamento e novas descobertas:

Dilberto foi indiciado por homicídio com três qualificadoras: motivo torpe, feminicídio e tentativa de fraude processual. A investigação também apontou para o tráfico de drogas, com a descoberta de substâncias ilícitas e uma balança de precisão na casa do suspeito, além de depoimentos de testemunhas que indicaram que o local funcionava como ponto de venda de entorpecentes.

Além do homicídio e tráfico, Dilberto foi indiciado por posse ilegal de arma de fogo, embora a arma não tenha sido localizada. O suspeito afirmou que a arma era de sua propriedade e usada para sua proteção.

Detalhes do caso:

Maria Luiza foi encontrada seminua dentro de uma kitnet no bairro Matinha, zona Norte de Teresina. Ela foi socorrida por vizinhos e levada ao hospital do Matadouro, mas não sobreviveu. Dilberto se entregou à polícia em 17 de julho, acompanhado de um advogado. A delegada informou que o casal estava junto há cerca de cinco meses e que não havia registros anteriores de violência contra Maria Luiza. O suspeito, que estava foragido desde o crime, tem antecedentes por roubos.

  
Kitnet no bairro Matinha, zona Norte de teresina (Local do crime). Foto: Reprodução.
 
 
 

O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário e está à disposição do Ministério Público do Piauí para denúncia.

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