Em entrevista à imprensa, a mãe de Gisele Pinheiro, de 33 anos, morta a golpes de canivete no último sábado (5) pelo ex-companheiro em um apartamento na zona Sudeste de Teresina, lamentou a morte da filha, a quem ela chamou de “rosa do dia”. O suspeito, Pedro Rocha, confessou o crime e segue preso.
“Ele matou minha filha”
A mãe de Gisele, Maria de Souza Pereira, revelou que a filha, em suas últimas conversas, aparentava tristeza.
“A minha filha era a rosa do dia, ela tinha um sorriso simpático, e eu dizia: ‘O que é que essa flor tem, que não abre o olho?’. Ela disse: ‘Tô triste, mãe’. Ele matou minha filha”, lamentou.
Gisele trabalhava como contadora e era uma pessoa calma e alegre, embora sofresse de problemas psicológicos e precisasse usar medicamentos. Outra dificuldade que chegou a enfrentar foi o relacionamento conturbado com Pedro, que terminou quinze dias antes do crime.
“Eles se conheceram há três anos e passaram a morar juntos no apartamento dele há cerca de dois anos. Minha filha tinha problemas psicológicos, fazia uso de medicamentos, mas vinha sofrendo abusos, o que agravava ainda mais seu estado emocional. Por gostar muito dele, ele se aproveitava dessa fragilidade”, relatou o pai de Gisele.
A mãe agora pede que a Justiça seja feita. “Eu já achava ele estranho, pelo comportamento agressivo. Cheguei a adverti-la para tomar cuidado, porque ele poderia fazer algo ruim com ela. Que a Justiça seja breve, que esse caso vá a Júri Popular e que ele seja punido conforme a lei”, disse a mãe.
Feminicídio cruel
O caso aconteceu no último sábado (5), quando Pedro, armado com um canivete, desferiu pelo menos vinte golpes contra o tórax e o pescoço da vítima, que não sobreviveu às brutais agressões. Segundo a Polícia Civil, o suspeito tentou tirar a própria vida, mas foi impedido por familiares.
Após ser preso, Pedro confessou o crime aos policiais. A motivação teria sido o ciúme doentio do agressor pela vítima e o fato de Pedro não ter aceitado o término do relacionamento, que durou dois anos.
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