Quinta, 19 de junho de 2025, 03:27
TATIANA MEDEIROS

Vereadora volta a passar mal e defesa aponta agravamento do quadro psiquiátrico

Nas últimas 48 horas, ela passou por ao menos dois episódios de desmaio, com necessidade de reanimação.

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa desde abril no Quartel do Comando-Geral da PM do Piauí, tem enfrentado um quadro de saúde mental considerado grave. Nas últimas 48 horas, ela passou por ao menos dois episódios de desmaio, com necessidade de reanimação, segundo seu advogado, Francisco Medeiros.

  

Tatiana Medeiros. Reprodução
   

Na sexta-feira (30), Tatiana foi encontrada desacordada na cela onde está custodiada. De acordo com a defesa, a parlamentar entrou em crise minutos antes de receber a visita de familiares e advogados. Ela chegou a ser socorrida por militares, mas o local não dispõe de atendimento psiquiátrico especializado.

“A situação dela é delicada. Ela teve um colapso e estavam tentando reanimá-la quando chegamos. O hospital não tem estrutura para o tratamento necessário. A medicação não está surtindo efeito”, disse o advogado.

Pedido de prisão domiciliar

Com base em relatórios médicos, a defesa protocolou um novo pedido de prisão domiciliar. Os documentos indicam que Tatiana sofre de transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos e apresenta ideação suicida frequente.

O caso mais grave ocorreu no dia 21 de maio, quando a vereadora foi levada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) após ingerir uma quantidade excessiva de antidepressivos. Ela foi atendida na sala vermelha da unidade, espaço destinado a pacientes em estado crítico.

Mesmo com o histórico de crises, até o momento não houve decisão judicial sobre o pedido de transferência para tratamento fora do ambiente prisional.

Prisão na Operação Escudo Eleitoral

Tatiana Medeiros foi presa no dia 3 de abril durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal. Ela responde por crimes como organização criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica.

Segundo a investigação, a vereadora faria parte de um esquema que teria atuado para fraudar o processo eleitoral municipal de 2024. O grupo investigado operava com divisão de tarefas e estrutura organizada.

A parlamentar segue detida no QCG da PM em Teresina enquanto aguarda definição da Justiça sobre a possibilidade de cumprir prisão em regime domiciliar, sob cuidados médicos.

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