O vereador Bruno Vilarinho (PRD), líder do prefeito Sílvio Mendes na Câmara Municipal de Teresina, falou que, embora não tenha assinado o requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o rombo bilionário nas contas da Prefeitura, está disposto a colaborar com os trabalhos da comissão.
“Não é porque eu não assinei uma CPI que eu sou contrário a ela, não. A CPI só precisa de 10 assinaturas para que ela possa ser instalada nessa Casa. Teve membros que estão fazendo parte da CPI que não assinaram”, afirmou o líder do prefeito.
Mesmo sem participar diretamente da comissão, Bruno Vilarinho disse que terá compromisso com os trabalhos e adotou um discurso conciliador. “Eu nunca criarei problema com nenhum colega parlamentar. Respeito a opinião de todos e sempre farei essa postura política de aglutinação, de montagem de grupo, porque eu só acredito em resultados quando se tem união”, declarou.
A CPI foi instaurada pela Câmara Municipal no dia 27 de maio de 2025, com o apoio de 13 dos 29 vereadores, para apurar o rombo nas contas públicas da Prefeitura de Teresina, estimado em mais de R$ 3 bilhões.
Diante do cenário, o prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) informou que já encaminhou ao Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) mais de 3.500 processos administrativos, com indícios de irregularidades em contratos firmados pela gestão anterior. Entre os problemas relatados estão casos de superfaturamento e pagamentos por serviços não executados.
Como resposta à crise fiscal, Mendes também anunciou medidas de contenção de despesas, incluindo a suspensão de novas nomeações e a revisão de contratos, com a expectativa de gerar uma economia mensal de aproximadamente R$ 20 milhões.
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