Durante entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta quinta-feira (30), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou líderes políticos que, segundo ele, estariam pressionando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a definir quem será o candidato da direita à Presidência da República em 2026.

Caiado afirmou que “ninguém tem o direito de ir lá pressionar”, ao se referir às visitas que políticos fazem à casa de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília. “Você não me viu hora nenhuma lá pressionar para ele decidir uma coisa ou outra”, disse o governador.

A fala de Caiado foi interpretada como uma alfinetada ao senador Ciro Nogueira (PP), um dos principais articuladores da oposição ao governo Lula. Em resposta ao Portal Central Piauí, Ciro ironizou o governador goiano:

“Quando o Caiado chegar a 2%, eu respondo ele”, comentou o senador.

Os dois têm trocado farpas desde que Ciro declarou, em entrevista ao jornal O Globo, que há duas candidaturas de direita “viáveis” para 2026, as dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Júnior (PSD-PR). Para o piauiense, ambos têm chances reais “desde que recebam o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro”.

Fora da lista de nomes citados, Caiado reagiu dizendo que Ciro estaria “ansioso para ser vice” em uma eventual chapa de Tarcísio. Em publicação no X (antigo Twitter), o governador chamou o senador de “figura de inexpressiva presença nacional” e afirmou que “se Bolsonaro quiser um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle”.

Ciro respondeu novamente nas redes sociais, minimizando a provocação:

“Me chamou a atenção a enormidade do tamanho (da postagem). Deve estar com o tempo livre. Eu não. Sobretudo para polêmicas vazias.”

Atualmente, Ciro Nogueira é um dos líderes da oposição no Congresso e já solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para visitar Bolsonaro em duas ocasiões. O senador afirmou recentemente que o ex-presidente “já teria escolhido seu candidato à Presidência”.