Quarta, 18 de junho de 2025, 20:54
PIAUÍ

Deputado critica aumento de impostos no Piauí e chama nova taxa sobre poços de "assalto"

Aldo Gil estendeu suas críticas ao Governo Federal, condenando a proposta do Ministério da Fazenda de criar novos tributos.

O deputado estadual Aldo Gil (Progressistas), líder da oposição na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), voltou a fazer duras críticas à política fiscal adotada pelo Governo do Estado. Durante a sessão desta terça-feira (10), o parlamentar falou sobre a alta carga tributária enfrentada pelos piauienses.

  

Deputado Aldo Gil (Progressistas). Foto: Reprodução.
   

“Temos a segunda maior alíquota de ICMS do Brasil. Há pouco tempo o governador aumentou para 22,5%. E, se não bastasse o aumento de imposto, são mais de R$ 20 bilhões em empréstimos em pouco mais de dois anos de gestão. Lembrando que o PIB do Piauí é de cerca de R$ 64 bilhões, ou seja, quase 30% disso foi tomado em empréstimos”, afirmou o deputado, sinalizando preocupação com o endividamento do Estado.

Aldo Gil também criticou a nova medida sancionada pelo governador Rafael Fonteles que autoriza a cobrança pelo uso da água de poços tubulares. A Resolução CERH nº 02/2025, publicada no Diário Oficial no dia 15 de maio, define tarifas para uso de recursos hídricos subterrâneos: irrigantes pagarão R$ 0,005 por metro cúbico, enquanto indústrias e construção civil pagarão R$ 0,50 por m³.

“Se não bastasse tudo isso, o governo agora quer taxar a água de poços em um estado com 127 municípios em situação de emergência por causa da seca. São poços que o próprio povo cavou, com recursos próprios, porque o poder público não fez. E agora querem meter a mão no bolso do contribuinte. É um absurdo”, protestou.

O parlamentar estendeu suas críticas ao Governo Federal, condenando a proposta do Ministério da Fazenda de criar novos tributos para compensar o recuo no aumento do IOF. Ele lembrou que mais de 30 impostos já foram criados ou elevados desde o início da atual gestão federal. “A cada 34 dias, temos um novo imposto. Estão matando a classe média e os investimentos”, afirmou.

Aldo também apontou como prejudicial a intenção de taxar investimentos antes isentos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e do Agronegócio (LCAs). “Essas letras financiam o setor que representa mais de 23% do PIB do Brasil. Cobrar imposto sobre isso é penalizar quem sustenta a economia”, concluiu.

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