Domingo, 27 de julho de 2025, 17:46
INTERNACIONAL

Estados Unidos bombardeiam instalações nucleares do Irã em ação coordenada com Israel

Este é o ataque mais direto dos Estados Unidos contra alvos estratégicos no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979.

Os Estados Unidos realizaram na madrugada deste sábado (21) um ataque aéreo de grandes proporções contra três instalações nucleares do Irã. Os alvos foram os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan todos considerados pilares do programa nuclear iraniano. A ação, coordenada com Israel, marca uma escalada sem precedentes na tensão militar entre os dois países e o regime iraniano.

  
Donald Trump. 
 
 

A ofensiva envolveu o uso de bombardeiros estratégicos B-2, com tecnologia furtiva, que lançaram bombas de penetração profunda sobre a usina de Fordow, localizada em uma região montanhosa e considerada de difícil acesso. Além disso, cerca de 30 mísseis de cruzeiro Tomahawk foram lançados do Mar Mediterrâneo e do Golfo Pérsico, atingindo instalações nas regiões de Natanz e Isfahan.

Segundo informações preliminares, as forças norte-americanas miraram estruturas de enriquecimento de urânio, centros de comando subterrâneos e depósitos de material sensível. Ainda não há confirmação sobre o número de vítimas, mas relatos indicam que os locais já haviam sido parcialmente evacuados por precaução.

O ataque ocorre após semanas de crescente tensão na região, impulsionada por trocas de ameaças entre Israel e Irã, além da recente intensificação de atividades militares no Golfo. A ofensiva norte-americana ocorre em apoio direto à campanha militar israelense contra o que o governo de Tel Aviv classifica como "ameaça existencial" representada pelo programa atômico iraniano.

Em pronunciamento público, o governo dos Estados Unidos afirmou que o objetivo da operação foi neutralizar a capacidade do Irã de desenvolver armas nucleares e que os bombardeios foram "cirúrgicos e bem-sucedidos". Todas as aeronaves teriam retornado às bases sem incidentes.

Já o governo iraniano reagiu com dureza, classificando os ataques como “agressão militar injustificável”. Autoridades prometeram retaliar em momento oportuno e alertaram para "consequências imprevisíveis". Há expectativa de que o Irã possa atacar bases norte-americanas na região ou agir por meio de milícias aliadas no Líbano, Síria e Iraque.

A comunidade internacional acompanha o caso com preocupação. Nações da Europa, além da China e da Rússia, pediram contenção de todas as partes e apelaram pelo retorno ao diálogo diplomático. O secretário-geral da ONU fez um apelo por calma, temendo uma escalada para um conflito regional de grandes proporções.

Além do impacto geopolítico, analistas alertam para possíveis efeitos econômicos, especialmente sobre o mercado de petróleo. A tensão no Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial, já começou a afetar os preços globais da commodity.

Este é o ataque mais direto dos Estados Unidos contra alvos estratégicos no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979 e representa um ponto de inflexão na política externa americana em relação ao Oriente Médio.

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